09/02/16

Quando não jogam os melhores


"Atabalhoado por algo que já referi aqui. Slimani e Téo são muito parecidos. Têm as mesmas qualidades (movimentação e pressão defensiva) e as mesmas falhas (técnicas e de percepção do jogo, embora o Argelino já seja muito melhor que Téo). Como Jesus disse "são dois primeiros avançados"."


Escrevi o que está acima a 22 de Setembro. Na altura enalteci Montero e poderia (e deveria) ter enaltecido Mané. Ora Montero já não está cá e Téo pode ser importante no castigo de Slimani. Precisará de minutos? Sim, mas o menor número de minutos acumulados ao lado de Slimani. Ruiz deveria ter jogado no lugar onde tem ajudado mais a equipa e Mané deveria ter sido titular mais uma vez.

Muito se diz que o futebol do Sporting tem descido de qualidade. Individual sim, não tanto na colectiva. Como é óbvio, uma reflecte-se na outra, mas as movimentações da equipa continuam presentes, a qualidade com que aparecem. Podem é não ser sempre bem executadas se os interpretes não tiverem tanta qualidade. 

Mais do que encostar João Mário à ala e dar uma maior capacidade de gerir o jogo com bola, o Sporting resolveu realmente a falta de Carrillo quando Ruiz foi para o meio e permitiu a entrada de Bruno César ou Mané. Nenhum dos dois é Carrillo, mas dão alguma da criatividade e qualidade que se perdeu com o peruano. Abdicar de um deles para colocar Téo, tirando Ruiz da zona mais perigosa, é meio caminho andado para dificultar a tarefa a nível ofensivo.

Acresce a isto uma maior dificuldade em começar a construir o jogo de forma tão segura quando já utilizadas 10 duplas de centrais diferentes, só nos últimos dois jogos foram 4. Com jogadores recém-chegados a integrarem essas 4 duplas. Torna mais errática a saída de bola, como se viu ontem e na semana passada.

Quer ontem quer contra o Tondela, o Sporting criou oportunidades para vencer os jogos. Poderia ter esses 4 pontos e não estar agora em igualdade na frente. Não está por falta de qualidade, de Patrício que fica demasiado enfiado na baliza, de Ewerton que fisicamente não consegue acompanhar o jogo ou de Téo que estraga demasiadas jogadas para se equacionado como um possível segundo avançado.

Fiquei de pé atrás com a saída de Montero porque gostava do jogador. Não vou matar já Barcos por meia hora num jogo difícil, mas pelo menos ficou a ideia de quem agora temos 3 para o mesmo poleiro e apenas um para os "servir". Coates pareceu bom com bola e a perceber razoavelmente a forma de defender da equipa. Precisará de mais tempo para se ambientar às ideias de Jesus e aos colegas.


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