01/05/16

Uma grande equipa em qualquer estádio



Desde o início da época que fui aqui dizendo que o Sporting podia não ter os melhores jogadores, mas era a melhor equipa da Liga. Ontem foi mais uma demonstração disso. Frente a um Porto fraco e com uma equipa já a contar com a Final da Taça, o Sporting nem precisou de fazer uma grande exibição. Limitou-se a ser competente e a sua qualidade colectiva naturalmente resolveu o jogo sem grandes sobressaltos.

O jogo até começou com uma boa oportunidade para o Porto (Schelloto ficou a olhar para José Angel) mas foi a última vez que os de azul criaram perigo de bola corrida. O Sporting pegou no jogo defensivamente e foi a partir dai que o começou a dominar no meio.

O Sporting de Jesus tem essa diferença para as suas equipas no Benfica. Não havendo Gaitan, Salvio ou Di Maria (no fundo, com menos velocidade), é uma equipa que controla mais o jogo, que gere mais a bola e que não tem tanta pressa em chegar à baliza. Nesse estilo Ruiz e João Mário são reis. Que grande exibição dos dois 10 que jogam nas alas. Foi por aqui que passou o domínio no jogo. Sim, domínio. Ao contrário do que Peseiro diz, o jogo não foi equilibrado por a bola ter sido dividida. A posse de bola do Porto foi inconsequente e muitas vezes feita no próprio meio-campo, perfeitamente controlada pelo Sporting. Foram 4 contra 3 no meio-campo e nunca o Porto foi capaz de colocar o Sporting desconfortável no jogo.

As oportunidades sucederam-se que com naturalidade (com a ineficiência do costume, lá está a menor qualidade individual em certos momentos) e a vitória nunca esteve em questão.

O recorde de pontuação foi batido e em tudo se nota o dedo de Jesus. Slimani está a fazer a melhor época da vida, João Mário entra em campo a ensinar futebol e a linha defensiva (onde apenas Coates é de qualidade superior) é uma lição para quem quer aprender algo mais sobre futebol. Mesmo que não seja campeão este ano, o Sporting realizou uma grande prova e voltará a ser um grande candidato ao título no próximo ano.

Por último a arbitragem. Não foi grande coisa em momentos chave. Começou com um fora de jogo não assinalado e outro mal assinalado em jogadas de perigo, continuou na marcação de um penalti precedido de falta de Aboubakar e terminou com a não marcação de um penalti de Coates. Lá está, não foi grande coisa.

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