30/12/13

A exibição perfeita esbarrou no Fabiano


Que grande, grande Sporting ontem em Alvalade. Éramos poucos na bancada, mas valeu a pena ver um Sporting como desde os tempos de Peseiro não se via. Empolgante, dominador e sem dar hipóteses ao adversário de criar perigo. O Porto criou uma meia oportunidade em todo o jogo (Ghilas) tornando Boeck num dos únicos presentes no estádio a pagar pouco para assistir a este jogo (mas disso falarei noutra altura).
 
 
O Sporting dominou o Porto de uma maneira talvez surpreendente pelos últimos anos, mas que tendo em conta o que ambas as equipas têm jogado neste talvez não cause assim tanta surpresa. A tanto domínio apenas faltou o golo. E que Fabiano não fosse um bom guarda-redes.
O Porto vinha embalado por Carlos Eduardo, o "novo Deco". William e Adrien meteram-no no bolso e ele de lá só saiu para ser expulso. Fernando estranhou o empecilho mexicano que Fonseca lhe insiste em meter ao lado. E aquele argelino sem tempo de jogo? Uma caricatura de jogador ao lado de Slimani. O Sporting manietou o Porto como não tinha conseguido fazer no jogo da primeira volta. Acharam Capel e Wilson apagados? Alex Sandro e Danilo não se viram por sua causa. E jogando com estes dois de início deu para ter o joker no banco. Carrillo voltou a mostrar o enorme talento que tem. Entrou para sujar as cuecas ao senhor 18M. Quando Jardim o conseguir meter a jogar com a consistência dos outros, que caso sério.
 
Adrien, Rojo e Cédric. Também podia falar de Jefferson ou William, mas prefiro falar destes três. Três que estavam cá o ano passado, três que desceram connosco ao inferno e estão a fazer por nos levantarmos à segunda-feira e irmos para o trabalho a cantarolar cânticos do Sporting.
Que grande jogo fizeram estes rapazes. Lembram-se de no ano passado se dizer (e com razão) que Cédric e Rojo eram um passador? Que Adrien não tinha "rotação" para ser médio de um grande? Eles ontem demonstraram o quanto mudaram em 7 meses. Eles e o Sporting.
Adrien é talvez o único jogador sem substituto em Alvalade. Não há mais ninguém no plantel capaz da dupla função que realiza em campo. Nem no plantel nem na selecção nacional, onde João Moutinho saliva por um ajudante numa altura em que Meireles apenas é um resquício do grande médio que já foi.
Cédric já não abre buracos nas costas, é quase outro extremo na hora de atacar, corre tanto que cansa de ver. Está a tornar-se num lateral de grande qualidade.
E o que dizer de Rojo? Aquele que eu no ano passado tanto odiava. Aquele que me parecia ter talento como os melhores do mundo e tão pouca inteligência como um calhau da calçada. Que grande central que se está a tornar, afastando aquela ideia do ano passado de numa jogada conseguir estragar todo o trabalho dos seus colegas de sector.
 
Talvez achem que os Sportinguistas voltaram às vitórias morais com o jogo de ontem. Nada mais errado. Todos estamos chateados com o resultado, mas satisfeitos com o que a nossa equipa cresceu em tão pouco tempo. Basta pensar que o 0-0 do ano passado para o campeonato pareceu uma prenda e no sentimento com que ficámos ontem. Crescemos tanto não foi?

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