02/03/15

Foram 6



Por ventura a reacção de muita gente ao saber o resultado do jogo do Benfica no Sábado seria "oh, contra o Estoril até eu", ou "ainda por cima sem centrais de raíz" ou lá o que era. E o jogo acaba por só valer 3 pontos, é verdade.

Mas para uma equipa que vai na frente, dar 6 num jogo destes pode trazer um boost extra para o que ainda falta. E espero que traga a confiança necessária, sem menosprezar ninguém.

Foram 4 na primeira parte, e podiam ter sido mais. O Benfica esteve especialmente forte nas alas, e jogou com nota artística. Salvio pode ter as suas limitações, que talvez o afastam de outros palcos, mas marca muitos golos para um extremo, e nós só temos de agradecer.


Gaitan voltou e continua a confirmar que não merece jogar em Portugal. É jogador para outros palcos. Já disse aqui uma vez que só Matic e DiMaria "explodiram", na minha opinião, quando saíram do Benfica. Adaptaram-se aos seus clubes sem problemas, e continuaram a exibir-se a um gande nível. Outros desiludiram um bocado... de outros esperava mais, outros mostraram mesmo que Jorge Jesus soube tirar o melhor deles, e outros não souberam. Acredito que Gaitan se vá juntar a Matic e a DiMaria no lote dos "melhores". Diz-se por aí que Enzo Perez passou de melhor jogador do campeonato a uma ligeira (para já) desilusão, por todo o alarido que se fez à volta da sua contratação no país ali ao lado. Problemas de outros.

O ano passado por esta altura tinhamos talvez 22 jogadores em alta rotação, todos com igual capacidade para jogarem 90 minutos (e bem!) e uma máquina oleada. O calendário assim o obrigava. Este ano não vamos ter André Almeida, Sílvio, um Sulejmani a jogar a espaços e a muito bom nível, Rúben Amorim... não vai haver tanta rotação, e é normal. Tinhamos um plantel grande, esperávamos muitos jogos... as coisas saíram mal e agora temos de viver com isso. Agora vão jogar quase sempre os mesmos, pois o foco está todo numa competição (praticamente).

A jornada do Benfica jogava-se também no Porto, ontem. O resultado não nos serviu, mas a vantagem está na mesma. A prioridade e o foco da equipa tem de ser nos nossos jogos, mas um deslize de terceiros não era de deitar fora.


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