Sempre se apregoou entre os adeptos Sportinguistas que o seu clube era diferente dos outros. Que não se gostava de corruptos, que somos adeptos da (verdadeira) verdade desportiva, e não daquela defendida por vermelhos e azuis, que não gostamos de coisas com pouca transparência .
Ora tudo isso seria muito bonito se não elegêssemos gente que já teve ou tem problemas com a justiça. E a somar a isto ainda houve quem acreditasse duas vezes no burlão Cristóvão.
Como já escrevi aqui, não votei Godinho Lopes, principalmente porque acreditava que o projecto de Bruno de Carvalho era o melhor para o Sporting. Sim, o tal que os jornais só vão buscar quando a equipa perde, tentando passar a imagem de abutre, quando o homem fala todos os dias sobre o clube. Contudo isso não me tem impedido de dizer que algo é bem feito quando acho que é.
Mas voltando a 26 de Março de 2011.
Na altura das eleições, já se sabia o porquê da saída de Godinho Lopes do Sporting em 2001. Já se sabia que Luís Duque era arguido num processo de evasão fiscal. Que Pereira Cristóvão era o que é. Então qual a surpresa por se irem descobrindo alguns pecadilhos de todos eles?
São diferentes? Verdade. Um andou anos e anos a esconder droga em pneus e nunca foi apanhado. Actualmente usa um clube como fachada para os seus negócios de imobiliário e só agora os adeptos desse clube começam a temer um pouco pela sustentabilidade do seu clube.
Outro sempre corrompeu todos os agentes de futebol que lhe apareceram à frente, ordenou espancamentos, foi condenado por crimes de fraude desportiva, mas segue a sua vidinha como sempre. Os bandidos verdes são sempre apanhados, porque se acham diferentes e não escondem as pontas soltas. São viscondes e como tal não sabem fazer o trabalho sujo que impeça que sejam apanhados. Portanto nem para aquela ridícula falange de adeptos sportinguistas que acham que devíamos era subornar, corromper, bater, e ameaçar, estes dirigentes servem.
Nem para isso, nem aparentemente para salvar as contas do clube. É notório que a equipa do Sporting é uma equipa que mais facilmente poderá ajudar a equilibrar as contas do clube, sem pensar na parte desportiva da coisa. É claro que não vamos tão cedo fazer encaixes como os nossos rivais fazem ultimamente. Negócios de 30 ou 40 milhões não nos vão bater à porta tão cedo. Mas com o actual elenco de jogadores não acho descabido achar que se possam fazer negócios até aos 15 milhões de euros. Basta por vezes uma boa competição internacional e estes valores são facilmente batidos. O problema são as %. De que serve vender por 15 milhões um jogador, se apenas temos 25% do seu passe? 25 % são apenas 3.75 milhões. Ou seja, caso o Sporting vendesse Rojo por 15 milhões, faria um lucro de 2.75 milhões. Pouco não é? Mesmo que o jogador garanta um elevado retorno desportivo, apenas lucrar perto de 3 milhões, é curto para um clube tão ávido de encaixes financeiros, que pelo menos permitam não estar em listas da UEFA.
Que os 70 milhões dos chineses venham rápido Godinho, senão para o ano que vem só vamos buscar emprestados e putos da B.
Sem comentários:
Enviar um comentário