26/04/15

Não foi bonito, mas pode ter sido decisivo


Porto com bola, de certa forma esperava-se. Não esperava era tanta apatia do Benfica a atacar na primeira parte, ainda para mais jogando em casa.
Talisca não foi solução na ala, não digo pelo que não fez ofensivamente (porque a equipa também não jogava...), mas pelo que não fez defensivamente.
Houve dificuldade para sair para o contra ataque, como tinha acontecido em Alvalade. Incapacidade? Sim, acredito, mas também consciência de que neste jogo era o adversário que tinha de arriscar.

Chegando ao intervalo sem golos, fiquei mais descansado. O Benfica por norma volta bem para as segundas metades, devido aos ajustes que se fazem ao intervalo. O Porto mexeu e, como é costume, começou com umas incursões de Herrera, que cedo pararam. Brahimi continuava a ser perseguido por Maxi como na 1ª volta (bom jogo) e do outro lado Eliseu só começou a acordar depois de ter levado amarelo. Jardel esteve acima do nível normal que lhe atribuo (de bom suplente).

Conseguiu-se fazer algumas transições de forma mais ou menos organizada na 2ª parte, mas nenhuma delas deu um lance de golo nítido. Lances desses para o Benfica, apenas aquele de Fejsa que chutou por cima. Podia ter dado o campeonato, praticamente. 
Jesus diz na flash que o Porto tinha de ganhar, e o Benfica de não perder. Por isso meteu Fejsa, que ajudou Samaris (que grande jogo do grego!) na 2ª parte.

Ainda assim, o Benfica não fez um jogo bonito, mas pode ter sido extremamente decisivo. Fica tudo na mesma, e o Porto não nos ganha 1 jogo esta época. São 3 pontos (ou 4) e faltam 4 jogos para o fim. Seria preciso algo catastrófico para não vencer este campeonato. Nada está ganho mas... hoje era o jogo em que se podia perder o campeonato. Não se perdeu.

Fica na retina um Jesus que prefere segurar o empate do que ir à procura do xeque mate no campeonato. Não é bonito, mas é eficaz. Fica também um treinador que consegue estar em 1º a 4 jornadas do fim, tendo atrás de si na classificação um plantel com individualidades muito fortes. Alguns dos habituais titulares do Porto seriam titulares no Benfica, não tenho dúvidas. Mas lá está, individualidades. Jesus é treinador de um desporto colectivo, e fez-se valer disso toda a época.

Ainda não se ganhou nada, mas está quase quase quase...

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