Depois de perder na semana passada, e de ver o Porto a empatar, acho que todos os benfiquistas foram para este jogo com uma sensação de "é pá não estamos assim tão bem, mas eles também não...". Faltava era aproveitar os deslizes (e já depois do jogo, o Sporting empatou), e o Benfica aproveitou. É importante não descolar da frente, muito menos ainda em Setembro.
Não vou escrever grande coisa sobre o jogo. Hoje vou para outro "alvo".
Quando crescia e jogava à bola na escola, a referência de todos os miúdos do Benfica era João Vieira Pinto. Nem preciso de me lembrar dele a jogar "como se fosse ontem", mas era qualquer coisa de transcendental. Não havia a internet ou as televisões que há hoje, não nos chegavam em dose bruta os lances do futebol estrangeiro, onde havia grandes deuses da bola, portanto funcionávamos um pouco como a Coreia do Norte... para nós, João Pinto era tudo. Era o topo dos topos.
Jonas chega com anos de atraso ao Benfica. Ainda hoje recebo mensagens desses amigos de juventude com conteúdos do género "É pá este gajo e o JVP no ataque era qualquer coisa". E é exactamente isto que sinto, não pelas semelhanças (ou não), mas por olhar para estes dois quase de maneira igual. É um prazer ver jogar Jonas. Não só pelo que marca, não só pelos golões como o de ontem, mas pela simplicidade, pelo fino recorte técnico, por toda aquelas coisas pequeninas que faz com que o futebol pareça simples. Jonas mostra a todos os jovens que sonham ser jogadores de futebol que não precisam de um corpanzil enorme e uma velocidade de ponta elevada. Basta ter cérebro.
Para a semana, jogo mais difícil da fase de grupos da Champions. O Atlético deu um salto desde há uns anos para cá, e bate-se aqui ao lado com Real e Barcelona. Não é nada fácil, mas era essencial conseguir no mínimo um empate.
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