18/02/16

O homem do costume






Se calhar mais vale deixar de ver os jogos. Para alguns, o que interessa é chegar ao final do jogo, consultar um site desportivo, e ver quem marcou e quem assistiu. E mais uma vez, Jonas não marca nos jogos grandes.

O futebol é mais que uma folha de estatísticas no site da UEFA. Jonas joga nas entrelinhas dessa folha. Se calhar não se vê na televisão, mas parece um treinador a gesticular dentro de campo. Tu, vai para ali. Ei, sobe. Joga para aquele lado.

O Zenit é uma boa equipa, e Villas-Boas um bom treinador. Mas acho que, perante a inactividade dos russos durante 2 meses, devíamos ter feito mais e melhor. A vantagem é justa, mas não devia ser maior, por culpa própria.

Mitroglou pareceu demasiado fixo (não que seja muito móvel) no meio dos centrais. Ainda assim, prefiro o grego ao mexicano, que corre quilómetros porque sim. Eliseu (!) fez um jogo competente, Renato Sanches continua a mostrar que com a bola ainda não é o que dizem dele (calma, é um miúdo), mas corre que se farta e rouba muitas bolas, algo de que bem precisamos. Mesmo assim, gostei bastante de Lindelof. Tem feito bons jogos. Joga a central, mas já jogou a lateral e a médio defensivo. Conhece os cantos à casa, procura não comprometer defensivamente e nota-se a preocupação em dar a bola jogável.

Contra o Porto o apagão foi maior. Contra o Zenit viram-se algumas ideias, mas é preciso executá-las durante 90 minutos. A equipa às vezes fica no "vazio", como ficou assim que sofreu o segundo golo do Porto. Deixa de executar aquilo que, bem ou mal, tem preparado.

Defende-se ligeiramente melhor, cá atrás. No entanto o meio campo ainda esburacado com aqueles dois homens do meio à frente da defesa. O ballet sincronizado começa a aparecer e, em dois jogos de dificuldade elevada, o Benfica tira cerca de 15 foras de jogo aos adversários (pois, a história das estatísticas). Será que já tinha acontecido este ano?

Agora voltar à terra e ganhar em Paços.

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