06/01/16

A obsessão


Obcecados somos todos, que queremos que a nossa equipa ganhe sempre, seja mais forte ou mais fraca que os adversários, tenha melhores ou piores jogadores. Outros são obcecados em dizer mal do treinador, como eu, é isso.

Um treinador deve ser obcecado em controlar o jogo, em fazer com que a equipa dependa exclusivamente de si para ganhar ao trabalhar durante a semana os seus jogadores para todas as situações possíveis e imaginárias que possam acontecer num jogo. Um pouco como chegar ao fim de semana e fazer com que a equipa se movimentasse como se estivesse a ser comandada com um comando de Playstation.

O Benfica continua a não ter isso. A espaços viu-se futebol hoje, viu-se mais jogo pelo meio, com Jonas e Pizzi a agarrarem a equipa a esse sector do campo. No entanto a matriz continua lá - a quantidade de cruzamentos feita é absurda. Jimenez corre muito para as costas da defesa (o que leva a muito pontapé para a frente), e continua a falhar golos fáceis, recordando todos os benfiquistas porque é que 9 milhões por 50% do passe acabaram por ser uma pechincha para um matador destes. Continuamos a não articular um contra-ataque, porque simplesmente não é trabalhado - dou como exemplo, na 1ª parte, o lance em que Renato Sanches combina com Jonas e arranca por ali fora, sozinho. Participaram 2 jogadores, enquanto o resto da equipa subia a trote.

São estas coisas que Rui Vitória não controla. Não duvido que seja obcecado com o seu trabalho, mas deixa nas mãos dos jogadores e da sua inspiração no momento demasiadas situações. Numa orquestra, até os músicos que fazem solos ensaiam esses trechos durante a semana. Mas hoje foram meia dúzia, a malta mete a viola no saco e vai à sua vida. Numa prova de resistência como é o campeonato... isto não chega.

Por fim, depois do bate boca das conferências de imprensa, a mim só me interessam os nossos.

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