21/05/15

O que é preciso é calma e bom senso

 
Devo parecer um disco riscado quando se fala em questões que pululam à volta do Presidente do Sporting. Isto porque acho parvos aqueles que tudo criticam como aqueles que dizem ámen cegamente.
 
O estilo é diferente, para melhor e pior.
Durante anos concordamos que este futebol era(e é) podre, que há muito interesse e promiscuidade com a comunicação social e ficamos melindrados por termos aberto essas "guerras"? Ficamos chateados por cortar relações com um clube que durante anos corrompeu? Ficamos chateados por cortar relações com um clube que condena(e bem) a violência de domingo e não fez o mesmo sobre as tochas atiradas em Alvalade?
Devemos apoiar uma liga que despreza as propostas que apresentamos, afrontando-nos com a escolha de candidatos cozinhados na Mealhada?
 
Depois os conflitos Doyen e Somague. Não tenho bases e conhecimento jurídico para perceber se há razão no primeiro caso. Esperarei pela decisão do TAS, da mesma forma que fiz o mesmo no caso Bruma. Não deixo de achar piada às testemunhas apresentadas por Nélio Lucas.
O segundo é algo normal no dia-a-dia da construção civil. Seguiu-se o parecer da FICOPE, que foi contratada para zelar pelos interesses do Sporting. Quem faria algo de muito diferente?


A questão Marco Silva é diferente. Há claramente algo que está por explicar. Não é normal tudo o que se tem passado. Se tudo aquilo que José Eduardo disse (por indicação da direcção, na minha opinião) Marco Silva estaria fora antes do Natal. Mas ainda cá está e o circo continuou. O último sábado foi tão pitoresco como escusado.
Um lançou e o outro mordeu o isco. Mordeu-o ao seu estilo e voltou a ser um elefante numa loja de porcelanas. Chegou ao seu alvo, o treinador, mas para isso arrasou tudo à sua volta. Sempre disse que por vezes se acertava no conteúdo da mensagem mas se falhava na forma de transmitir. Desta vez, o silêncio tinha sido mesmo o melhor remédio.

 
Por último os dinheiros. Acho normal que seja complicado arranjar bons patrocínios no mercado actual. A marca Sporting não é assim tão grande como podemos pensar. Quem não ganha, não vende. Já não acho normal que se dê a entender essa dificuldade de forma pública. Também não acho normal que ao fim de 2 anos ainda não seja conhecido "o" investidor. Por mais leigo que seja nestas operações, não faz sentido um delay tão grande.
Também não acho normal o que vou lendo. Citando Marco Silva, acho que é uma 'sacanice' que se leia a entrevista de Carlos Vieira e se tire de lá que poderá haver um patrocínio directo da Guiné Equatorial.

 
No fundo, e repetindo aquilo que sempre disse, onde  se tem falhado mais é na parte da união. Há virtudes e defeitos claros, mas a clivagem acentua-se cada vez mais. Uns apenas olham para as primeiras, outros apenas para os segundos. Isso deve partir de cima. Falta-nos calma e bom senso, dentro e fora do clube.

Ps: O ambiente que ontem se viveu em Odivelas só reforça mais (como se ainda fosse necessário) a urgência do Pavilhão João Rocha. Que aqueles guerreiros consigam trazer o caneco de volta para Lisboa!

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