19/08/15

Tudo em aberto para Moscovo


O Sporting venceu e mais uma vez bem.


Jesus disse-o, e com razão, que a entrada da equipa foi fortíssima, a melhor até ao momento. 
O CSKA veio a Lisboa defender muito e aproveitar a velocidade de Tosic, Musa e Doumbia. Com o golo conseguido, acaba por levar um dos objectivos cumpridos.


Mas se há jogo que mais marca a diferença do que se viu o ano passado para o que se vai vendo nesta curta amostra, é o de hoje.

A intensidade, a quantidade de passes e a forma com a equipa se articula de forma colectiva são totalmente distintas.

O que falta nesta altura? Ritmo, pernas e consolidar automatismos. Já há muito trabalho feito em 6 semanas, mas há muito por onde crescer, principalmente a nível ofensivo.

Foi um pouco por isto que nos primeiros 20 minutos da segunda parte tivemos um Sporting menos capaz, menos forte. Ruiz já tinha rebentado e João Mário para lá caminhava. È aqui que Jesus volta a meter a equipa no jogo. Aquilani ainda não está em forma, mas já jogou muitos jogos importantes, já tem muita rodagem. É outro que "sabe tudo". Junta-se isso à sua classe e talento e o Sporting voltou ao jogo. Voltou a ganhar o meio-campo e partiu para 15 minutos novamente em cima do adversário, já com Mané e Gelson em campo. Resultado desse novo período de domínio, o golo de Slimani. O argelino estraga muitas jogadas, por deficiências técnicas na maioria das vezes, mas tem instinto de ponta de lança. É desse instinto que nasce o golo da vitória.

Continuo sem perceber a preferência de Jesus por Téo preterindo Montero. A diferença do que um e outro dão ao jogo é abismal. A equipa sairia beneficiada de forma geral, mas especialmente Carrillo e Ruiz teriam alguém do seu nível técnico e de decisão para "partilhar" criatividade.

Por outro lado, Carrillo voltou a ser assombroso. É curioso como com características diferentes, parece ter aprendido muito com Nani. A parar o jogo quando tem de parar, a ir para cima do adversário quando tem de ir, no fundo a tomar a decisão certa suportado por um modelo de jogo que o ajuda. Numa altura em que se poupam com tantos dispensados que se pague ao homem porque vai valer a pena. Desportivamente e financeiramente.

Não só quando se ganha se deve apontar o dedo à arbitragem. Mais uma vez não fomos "felizes" com os árbitros europeus. Ficaram dois penáltis por marcar que, sendo convertidos, fariam muita diferença na forma como o jogo de Moscovo seria abordado. 
Não foram e só temos de ir a Moscovo sem medo. O lugar entre os melhores está a 90 minutos de distância e o jogo de hoje mostrou que não há razões para ter medo.

1 comentário:

  1. Concordo com tudo mas muito em particular com a questão relativa ao Montero. Não compreendo esta opção do Jesus e temo que estejamos perante uma ideia ... fixa. Jesus tem muitas qualidades e algumas fixações que mais ninguém percebe. Lembram-se do David Luís a lateral esuqerdo? Montero parece-me melhor do que Téo em quase todas as variáveis do jogo. Melhor fisicamente, melhor tecnicamente e mais versátil, muito mais capaz de perceber o que a equipa necessita e muito superior na fase de construção ofensiva. Uma pena que Jesus não se "enamore" por este enorme jogador. Bom, mas é um facto que este Téo que se arrasta um pouco, cuja velocidade em espaços curtos é ... curta é titular contra o enorme Jackson Martínez. Quem perceber porquê que ponha o dedo no ar. Um pequeno apontamento. Slimani é enorme pela entrega, por quase tudo. Mas no quase tudo não estão alguns dos atributos d eum grande ponta de lança. Sinceramente, aquele falhanço, com o pé, ao segundo poste, na primeira parte é de bradar aos céus.

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