03/01/16

Nos 50-50 do costume, caiu para o nosso lado


Quando falo em 50-50, falo da maneira como o Benfica entra nos jogos. Com Rui Vitória tornou-se impossível entrar em campo só com uma coisa na cabeça: "Vamos ganhar". Aquela confiança inabalável que existia (e nem sempre se ganhava, claro) desapareceu. O Benfica vai para cada jogo, seja em casa ou seja fora, seja com o último ou com o segundo, com a "nuvem" de perder pontos em cima da cabeça.

Ainda mais quando se joga em Guimarães, frente a um adversário que não joga nada, mas mesmo assim nos fez tremer durante 90 minutos, onde muito pouco futebol se viu. Valeu pela pancadaria (ou agressividade excessiva) da malta do Sérgio Conceição.

Nota-se que o grande princípio do futebol do Benfica é explorar as alas. Pontualmente aparece um Jonas mais atrás, para tentar fazer qualquer coisa pelo meio, ou outros jogadores, por iniciativa própria. Mas a matriz trabalhada durante a semana é a mudança rápida de flanco e tentar aproveitar para ir à linha e cruzar.

Renato Sanches continua a jogar (e tem de jogar). Não está a fazer nenhuns jogos fantásticos, não é (ainda) aquilo que dizem que é, erra passes, tenta iniciativas individuais que não resultam, mas luta, corre, rouba muitas bolas, e é isso que fica na retina do público. Eu acho que tem de jogar, porque não temos neste momento ninguém que consiga fazer isto. Marcou também o golo, e é óbvio que tem o seu mérito. Acho que é um miúdo que numa equipa bem orientada podia estar patamares acima do que está (e quem fala no Renato, pode falar noutros casos).

Estamos a terminar a primeira volta e continua o discurso de ser preciso dar tempo ao treinador. No Benfica não há tempo. Não se ganha sempre (ninguém exige a Rui Vitória que seja campeão, de certa forma) mas exige-se trabalho de qualidade. E este não tem aparecido.

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