02/08/14

Sporting do Silva

O Sporting do Jardim defendia bem, era muito bem organizado e atacava de forma razoável. Razoável porque era muito padronizado, ao ponto de os nossos adversários estudarem o padrão e a coisa precisar de ser resolvida pelo ar. Não era bonito, mas o problema resolvia-se.



Pela tv já tinha ficado com essa ideia, ontem confirmei-a. O Sporting do Silva é diferente. Ainda não apresenta tanta segurança defensiva, não pela forma como tenta defender, mas pela falta de pernas que Rojo e William ainda mostram. O Sporting defende mais à frente. No ano passado a equipa recuava e Martins e o avançado pressionavam sozinhos. Agora são 10 a pressionar alto, levando a que o adversário perca mais bolas.

A atacar também se notam diferenças. Martins já não tem um jogo robotizado que o obriga a ir para a direita a trocar com o extremo. Agora joga livre, mostrando a todos o grande jogador que é. Nem tanto pelos golos, mas pela forma como joga, como ajuda Montero a gerir o futebol da equipa do meio campo para a frente. William faz um passe a rasgar o meio-campo adversário e a bola, normalmente, chega aos dois estrategas. É esta a maior diferença, a bola roda sem que o adversário conheça o movimento. Até Capel, dentro das suas limitações tem jogado com a cabeça ligeiramente mais levantada, a preferir jogar mais simples do que a partir para aquelas corridas à doida que raramente dão alguma coisa.

Leigo me confesso, mas a ideia com que fico é que a equipa pensa mais no que fazer e menos no que tem de fazer de forma obrigatória, o que resulta num jogo mais variado, mais apelativo e menos decifrável pelos adversários.

Reforços
Verdadeiros, temos 5 até ao momento. Dois já cá estavam. Martins e Carrillo, que beneficiam muito desta forma de jogar ligeiramente diferente.
Dos novos, Tanaka, João Mário e Rosell. Têm algo em comum, sabem perfeitamente o que fazer e quando. Os dois primeiros evidenciariam-no na jogada em que Mané não soube o que fazer. Tanaka pelo grande passe, "à 10" e João Mário, quando a bancada pedia um remate ou 30 fintas, a perceber que a jogada tinha acabado e mais valia voltar um pouco atrás e começar de novo.

Ps: engraçado rever Pereirinha. Não se tornou um craque, mas é um médio centro muito competente. Tanto se falou que Meireles estava acabado e cada vez mais se percebe que soluções não faltaram, apenas vontade de as utilizar.

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